"Luiz Carlos Prestes entrou vivo no Panteon da História. Os séculos cantarão a 'canção de gesta' dos mil e quinhentos homens da Coluna Prestes e sua marcha de quase três anos através do Brasil. Um Carlos Prestes nos é sagrado. Ele pertence a toda a humanidade. Quem o atinge, atinge-a." (Romain Roland, 1936)
É muito presente na historiografia brasileira a tese de que o ingresso de Luiz Carlos Prestes no PCB, em 1934, teria trazido o militarismo (entendido como golpismo) para a direção partidária. Edgard Carone parece ter sido o pioneiro dessa tese, ao afirmar que o “ex-tenentismo (...) vai tornar-se determinante no PCB”.
Na ocasião da reedição da obra de Astrojildo Pereira pela Boitempo no ano do centenário do PCB, Anita Prestes revela aspectos até hoje pouco conhecidos da relação entre Luiz Carlos Prestes e o fundador do PCB.
A nova edição de toda a obra de Astrojildo Pereira, revista e ampliada, e a reedição da sua biografia, escrita por Martin Cezar Feijó, pela editora Boitempo em comemoração aos 100 anos do PCB,1 constituem um ensejo propício ao resgate de alguns momentos do relacionamento estabelecido entre este fundador do partido, reconhecido intelectual brasileiro, e Luiz Carlos Prestes, conhecido como o “Cavaleiro da Esperança” e secretário-geral do Partido Comunista por cerca de 40 anos.
Última atualização em Sáb, 14 de Maio de 2022 21:31